sábado, 10 de agosto de 2013

Trekking: Caminho do Itupava


 
Caminho do Itupava é uma maravilha...
Ele foi uma importante trilha...
Para transportar mercadorias...
E contos cheios de magias!
Ele foi calçado com pedras irregulares...
Por pessoas de todos os lugares!
Mas, depois surgiu a Estrada da Graciosa...
Tão bela, bonita e formosa!
Assim o Caminho do Itupava foi desativado...
Porém ele não ficou triste e desolado...
Caminho do Itupava foi restaurado!
                           
Assim ele continuou com a companhia da natureza...
Com toda a sua exuberância, encanto e beleza!
Caminho do Itupava é uma excelente viagem...
Porque ele possui uma sensacional paisagem!
Ele tem flores, borboletas coloridas...
E cachoeiras grandes e atrevidas!
Há o Morro-Pão-de-Loth e o Morro do Anhangava...
E no meio existe uma ave mágica e brava!
Tem um Véu-da-Noiva todo branco...
E um trem acelerado, porém franco!               
No Santuário do Cadeado...
Ninguém fica chateado...
Dá para ver o Pico-do-Marumbi...
E um delicado e leve colibri!
Caminho do Itupava é uma maravilha...
De lá você pode ver a estrela mais linda que brilha...
Iluminando a estrada até o litoral...
Fazendo “trekking” no astral.
Luciana do Rocio Mallon

O Caminho do Itupava, entre 1625 e 1873, era rota comercial entre os navios que chegavam no litoral paranaense trazendo mercadorias e Curitiba.
Foi aberto a partir de uma trilha indígena e, mais tarde calçado com pedras irregulares, por trabalhadores livres e outros não tão livres (escravos e "foras-da-lei").
As mercadorias vinham da região de Morretes, passando por Quatro Barras (Borda do Campo), Bairro Atuba, desciam a Rua Itupava, até mais ou menos onde hoje em dia está o Círculo Militar do Paraná, em Curitiba, onde ocorriam os escambos (troca-troca de mercadorias).
Com a conclusão da Estrada da Graciosa, em 1873 e a efetivação da Estrada de Ferro, Curitiba-Paranaguá, em 1885, o Caminho do Itupava foi desativado.
Entre 2005 e 2006, o Governo do Paraná em parceria com o banco alemão KfW, efetuaram os trabalhos de restauração, melhorias, como a instalação de seis pontes sobre rios que cortam a trilha. Foram restaurados 16 dos 22 quilometros de extensão da trilha, entre as localidade de Borda do Campo (Quatro Barras) e Porto de Cima (Morretes). Efetuada, também, padronização da largura da trilha, em um metro, além da retirada de cerca de 50 centimetros de sedimentos, como terras, folhas e galhos, que estavam depositados no calçamento.
Hoje em dia, percorrer o Caminho do Itupava é visualizar borboletas multicoloridas, pássaros, pequenos animais, grandes cachoeiras, bromélias e orquídeas, paisagens de perder o fôlego, observar os olhos brilhando de encantamento daqueles que pela primeira vez o percorrem.
Não há olhar sem obra de arte natural a vista. A mata é viva e fresca, sombreada para alguns, ensolarada para outros, pouco lisa para alguns, muito lisa para outros.
Se olhar para cima, tem o Morro Pão-de-Loth, o Anhangava, o das Samambaias; se parar um pouco dá para conhecer as grutas, descansar nas pontes-pensils, ou então ver os passageiros fazendo festa nas janelas dos trens, que se encontra mais de uma vez pelo caminho serpenteado que faz, e que quase pende para um lado quando todos olham para o Véu-da-Noiva, ou para a Obra-de-Arte-Ponte-de-Ferro que o trem quase de surpresa transpassa depois de passar por
túneis que alguns arriscam visitar para buscar água da serra do mar lá do outro lado.

E, se não coincidir com horário de passar o trem que é grande bem pertinho e, lá no Santuário do Cadeado já dá para ver como um trenzinho lá para os lados do "Pico do Marumbi", que na realidade é um Complexo Rochoso com vários picos, como Olimpo, Abrolhos, Rochedinho, entre outros.
Se quiser cachoeira tem também várias, se quiser corredeira tem também, se quiser roda-d'agua, por enquanto ainda tem lá pertinho da Casa do Ipiranga, onde dizem D. Pedro passou, mas que de verdade mesmo, tem uma piscina enorme, que já teve água corrente que por lá circulava depois de rodar na Roda D`Água ali pertinho, que gerava luz para os Feitores da Estrada de Ferro que, ora se banhavam na piscina, ora se divertiam nas salas de lazer da casa com janelas com vista para Serra do Mar, pois antes tinha porta, janela, parede e telhado e, a agora, só parede.
Se na Casa do Ipiranga já deu um terço da caminhada, a partir Santuário do Cadeado, falta só um terço para tomar sorvete de banana ou comer o que quiser na Dona Siroba, que fica bem pertinho da prainha, que não é praia, mas tem bóia dos que descem o Nhundiaquara até a Ponte de Ferro que já é Estrada da Graciosa, ali em Porto de Cima.
E o sorvete é gelado porque tem Usina da COPEL ali por perto, e é só energia limpa e renovável gerada pela Usina Hidroelétrica do Marumbi .

E se precisar de algum apoio, tipo torcer o pé, os Guardas-Florestais e voluntários tem macas e apropriadas, seja no Posto do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), no começo e no final do Itupava. Se der sorte, vai encontrar gente boa do Clube de Montanhismo do Paraná carregando pedras morro acima para acabar com erosão, ou lixo morro abaixo para minimizar a falta de educação.
La no Posto do IAP, o mais difícil para alguns é dizer a idade, depois do nome, pois ali todos se sentem jovens e, um número, qualquer que seja, não vai tirar a satisfação de comemorar a subida ao Pão-de-Loth que esta ali juntinho do caminho, as vezes com queijos e vinhos la no topo, ou então, olhar Curitiba la de cima do Anhangava, enquanto se pratica Yoga em cima da pedra que sobrar.
E tem alguns que sobem o Anhangava, com uma garrafona de Champagne, daquelas Formula 1, só para brindar o aniversário, da Turma da Raquel, que é uma moça voluntária que, quem tiver sorte vai conhecer.
Dá também para fazer escambo de energia da natureza concreta, com a energia da cidade de concreto, e para isto, basta criar coragem para entrar em baixo de uma das cachoeiras, ou fazer hidromassagem nas corredeiras que forma piscinas naturais entre pedras ferro e seixos rolados.
São estas caminhadas em contato com a natureza, percorrendo caminhos ecológicos, é que hoje em dia se chama de Trekking.
E trekking vem de trek, que surgiu no idioma africâner, e que era usado pelos vortrekkers (trabalhadores holandeses) que colonizaram a África do Sul.
O verbo trekken significava migrar e tinha uma conotação de muito esforço e resistência física, numa época em que a única forma de se deslocar de um ponto a outro era caminhando.
A palavra trek virou popular porque os britânicos tomaram conta, também, da África do Sul, e passaram a usar esta expressão "trek"-> "trekking" para as longas caminhadas realizadas pelos exploradores em direção ao continente, como ate a nascente do Rio Nilo, ou ate as neves do Kilimanjaro.
Eram os novos trekkers: caminhadas longas em terrenos acidentados.
    
Atualmente, trekking passou a ser a atividade esportiva eu mais cresce no mundo, em numero de adeptos, sendo que, no Paraná, o Caminho do Itupava é o que tem maior número de adeptos, ou seja, de " vortrekkers" paranaenses (trabalhadores paranaenses que percorrem o Itupava nos finais de semana).

Recomendações:
É importante SEMPRE fazer atividades EM GRUPO, e existem vários por ai, além de seguir algumas orientações básicas:
a) Proteger o ambiente natural;
b) Deixar o local tão limpo quanto você o encontrou;
c) Evitar o desmatamento - cuidar com fogo;
d) Carregar seu lixo até onde houver posto de coleta, que pode ser sua casa.
e) Manter a água limpa e evitar usar poluentes;
f) Deixar as plantas em paz, para florescerem em seu ambiente natural;
g) Orientar seus colegas a seguirem as regras de preservação;
h) Respeitar, proteger a manter toda e qualquer forma de vida que encontrar;
Como o Caminho se faz se faz devagar, para apreciar a beleza do local, pode-se passar o dia caminhando, tirando fotos, tomando banho de cachoeira, deitando em algum riacho, descansando em ponte-pensil, etc. ... então, é bom levar usar uma bota de caminhada ou tênis já amaciado e que não escorregue, uma roupa confortável e alguns utensílios bem úteis:
a) mochila para carregar os pertences;
b) repelente;
c) protetor solar;
d) boné ou chapéu;
e) lanterna;
f) capa de chuva;
g) outra roupa e calçado para troca;
h) Máquina fotográfica, bateria reserva, além daquele lanche valha por um bifinho.

"O melhor resultado é quando todos do grupo fazem o melhor para si E para o grupo" (John Nash)
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Qualquer ser se sente no céu!
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...Nas mais espetaculares paisagens!

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Que voa em seu ombro de Norte a Sul!

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Luciana do Rocio Mallon