sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Você já viu o Buraco do Padre?


Buraco do Padre
O nome do local “Buraco do Padreestá ligado à história dos padres jesuítas que costumavam meditar e descansar na parte alta da cachoeira que lá existe. Os indígenas e caboclos que por ali passavam e viam os jesuítas meditando passaram a chamar o local de Buraco do Padre.
Dizem que o local foi também utilizado para a matança de índios pelos bandeirantes nos séculos XVI e XVII. Os indígenas eram jogados do alto para dentro da garganta, indo ao encontro da morte.
No interior do “Buraco do Padre”, existe uma das mais belas cachoeira que já vi, pelo conjunto da obra: uma cachoeira  de aproximadamente 43 metros de altura e 30m de diametro, envolta em forma circular por rochas úmidas, que, quando olhamos para cima, visualizamos entre nosso olhar e o céu, milhares de gotículas d’água, que são arremessadas sobre nós, aos se tornarem gotas d´agua, como se fossem diamantes atirados do céu. Uma brincadeira possível é tentar pegar os “diamantes” a medida que caem continuamente, até explodirem em nossas mãos.
Há possibilidade de escalar as paredes de pedra até chegar a parte alta da cachoeira, onde padres jesuítas meditavam/descansavam, para poder admirar o local de outro ângulo.
O local é uma uma espécie de anfiteatro subterrâneo, ou gruta enorme, que forma um cenário belíssimo, tanto se visto de cima da cachoeira quanto debaixo.
Banho de Cachoeira no Buraco do Padre
O Buraco do Padre é um tipo de furna, ou seja, uma cratera circulares (buraco) de grande diâmetro, característica da região dos Campos Gerais do Paraná, distrito de Itaiacoca, a 26 km do centro da cidade de Ponta Grossa
Campos Gerais do Paraná é a região denominada  “segundo planalto”, que invade ao Norte o Estado de São Paulo e ao Sul o Estado de Santa Catarina, característica por seus campos limpos permeados de matas de galeria e capões esparsos de floresta ombrófila mista onde aparece a Araucaria angustifolia (Pinheiro), árvore símbolo do Paraná.
Os municípios que fazem parte dessa região dos Campos Gerais do Paraná são: Arapoti; Balsa Nova; Campo do Tenente; Campo Largo; Candido de Abreu; Carambeí; Castro; Imbaú; Ipiranga;  Ivaí;  Jaguariaíva; Lapa; Ortigueira; Palmeira; Piraí do Sul; ; Ponta Grossa;  Porto Amazonas; Reserva; Rio Negro; São José da Boa Vista; São João do Triunfo; Telêmaco Borba;  Teixeira Soares; Tibagi e Ventania;
O rio que passa pelo Buraco do Padre e túneis associados é o Rio Quebra-Pedra, tributário da margem direita do Rio Quebra-Perna. Este deságua no Rio Guabiroba, afluente do Rio Tibaji, um importante curso d´água do Estado do Paraná, que corre no sentido geral sul-norte, desaguando na margem esquerda do Rio Paranapanema.
 Banho de Cachoeira no Buraco do Padre
Sítios arqueológicos

A região da bacia hidrográfica dos rios Quebra-Perna e Quebra-Pedra, onde se situa o Buraco do Padre, apresenta muitos sítios arqueológicos em abrigos sob rocha, que atestam a passagem de bandos nômades de indígenas pré-históricos caçadores e
coletores, que se deslocavam pela região em busca de alimento ou fazendo a travessia entre a costa e o interior. Esses abrigos contêm vestígios líticos (artefatos de pedra), cerâmicos e, sobretudo, pinturas rupestres, cuja idade pode ultrapassar 3.000 anos.
Buraco do Padre; Cachoeira do Buraco do Padre e Pinturas Rupestres de 3.000 anos
As pinturas rupestres são encontradas nos paredões rochosos da escarpa acima do Buraco do Padre, e em alguns abrigos naturais próximos, principalmente no local denominado Sumidouro do Rio Quebra-Perna, cerca de 2 km a jusante do Buraco
do Padre. São em sua maioria atribuídas à Tradição Planalto, caracterizada por grafismos que representam principalmente animais (cervos, aves, peixes, tatus,
etc.), muito raramente seres humanos, e mais raramente ainda cenas que sugerem fatos da vida da época. São elaborados principalmente com pigmento vermelho (hematita).
Tais vestígios arqueológicos são ainda muito pouco estudados, embora possam trazer importantes subsídios para interpretações antropológicas, paleoambientais e paleoclimáticas. O desconhecimento de seu significado pela população
local tem feito que sofram depredações acidentais ou mesmo propositais, às vezes destruindo este importante patrimônio.
Degustação de Vinho. Licor e Aguardente de Amora
Depois de conhecermos o Buraco do Padre, fomos conhecer a Adega Porto Brazos, que fica muito próxima do Buraco do Padre, que possui produção artesanal de vinho, aguardente e licores de Amora Silvestre. Está iniciando também, experimentalmente, uma plantação de lavanda, para extrair essencias.
Adega Porto Brazos: Vinho, Aguardente, Licores de Amora Silvestre e Plantação de Lavanda p/extrair essência (perfume)
Café Colonial
O almoço foi um excelente café colonial, na Kaffe-Loch - O primeiro Café Colonial de Ponta Grossa
Almoço da Turma de Trekking "Heron Mathoso", no Kaffe-Loch
Kaffe-Loch - O primeiro Café Colonial de Ponta Grossa
Ps.
01. As fotos mais bonitas são de minha amiga Chrys Rizzo:   http://www.flickr.com/photos/chrysrizzo
02. Adega Porto Brazos: Vinho, Aguardente e Licores de Amora Silvestre: http://www.portobrazos.com.br/
03. Kaffe-Loch - O primeiro Café Colonial de Ponta Grossa: http://www.kaffeeloch.com.br
04. Grupo de Trekking & Biking Heron Mathoso: http://www.naturezarlivre.blogspot.com 

Extra: overview do trekking


Teo - jcteo ( Engenheiro Teodorovicz)
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José Carlos Teodorovicz
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"O melhor resultado é quando todos do grupo fazem o melhor para si E para o grupo" (John Nash)

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